OAB Paraná acompanha júri popular que decidirá sobre assassinato do advogado Bruno dos Santos Mendes

A OAB Paraná acompanha desde as 8h30 desta sexta-feira (9), no Tribunal do Júri de Bandeirantes, o julgamento de Hércules Xavier de Lima, acusado pelo homicídio do advogado Bruno dos Santos Mendes. Ele foi assassinado em 2016 com golpes de facadas, em pleno exercício profissional.

A OAB Paraná e a Subseção de Bandeirantes acompanham o desenrolar do processo desde o princípio, exigindo a atenção das autoridades da Segurança Pública. “O acusado de assassinar Bruno Mendes foi rapidamente identificado e preso. Este foi um trabalho feito no sentido de evitar a impunidade desse bárbaro crime”, destaca o presidente da OAB Bandeirantes, Paulo Buzato, que está no tribunal.

O julgamento também é acompanhado pelo presidente da Comissão Nacional de Prerrogativas do Conselho Federal, Cássio Telles, pelo advogado Luiz Claudio Nunes Lourenço, presidente da Subseção de Guaíra, designado para acompanhar o caso como assistente de acusação em nome da OAB e da família da vítima, além de colegas de Bruno dos Santos Mendes.

Pela manhã foram ouvidas todas as testemunhas. No início da tarde tiveram início os debates. A promotoria, a assistência de acusação e a defesa já fizeram suas sustentações. A acusação pede a condenação por homicídio doloso. Já a defesa pede a inimputabilidade do réu, alegando problemas psicológicos.

À época do assassinato, a OAB Paraná expediu ofícios ao governador do estado e ao secretário de Segurança Pública exigindo o imediato esclarecimento do caso, com a prisão do responsável. O presidente da OAB Paraná, José Augusto Araújo de Noronha, afirmou à época que a Ordem jamais tolerará qualquer atentado contra a vida, a segurança e a liberdade profissional dos advogados do estado.

O presidente do Conselho Federal, Claudio Lamachia, também exigiu o esclarecimento imediato de morte de advogado paranaense. “O Conselho Federal da OAB soma-se à seccional paranaense e exige do governador do estado e do secretário de Segurança Pública o imediato esclarecimento do caso, com a prisão do responsável ou dos responsáveis”, afirmou Lamachia.

Bruno Mendes tinha 26 anos e advogava há três meses. A morte trágica do advogado abalou colegas de profissão, estudantes e professores da Unopar, onde ele graduou-se em Direito. Ainda estudante, Bruno estagiou na delegacia da cidade. Depois, fez estágio  no escritório de Fábio Cravo, que o convidou para permanecer no escritório depois da aprovação no exame e da inscrição na Ordem, em novembro de 2015.

O advogado Fábio Cravo acabou por testemunhar o assassinato de Bruno. Eles estavam no escritório quando Hércules Xavier de Lima chegou. Bruno o atendeu na sala dele e, pouco depois, ao ouvir gritos do colega, Cravo foi em seu socorro, mas ele já havia sido golpeado e não resistiu aos ferimentos.