OAB Paraná realiza audiência pública para buscar soluções de enfrentamento à violência no futebol

A OAB Paraná realizou nesta quarta-feira (29) uma audiência pública sobre violência no futebol. O evento reuniu representantes do Judiciário, do Ministério Público, das polícias, da sociedade civil e de entidades ligadas ao esporte com o objetivo de debater soluções para modificar essa realidade. A presidente da seccional, Marilena Winter, abriu os trabalhos, que foram conduzidos pelo presidente da Comissão de Direito Desportivo, Eduardo Vargas Neto. A audiência pública também foi organizada pelas comissões das Mulheres Advogadas, de Esportes, de Igualdade Racial e de Defesa dos Direitos Humanos.

“Uma audiência pública visa a uma escuta ativa. Todos nos sentimos profundamente envolvidos com essa temática”, explicou Marilena. “É um assunto que perturba muitas pessoas. Lamentavelmente, temos visto um crescente de violência em todos os estados. Nossas atividades profissionais ou vidas pessoais são impactadas pelas cenas de violência que presenciamos. Por essa razão, este foro busca colocar o tema em pauta. Dar visibilidade a partir das muitas experiências dos participantes. Nenhum de nós consegue assistir às cenas de violência sem sentir-se um pouco responsável do ponto de vista institucional”, destacou a presidente da OAB Paraná.

Cenário

“Não é de hoje que acontece a violência no esporte. Sofremos muito quando vemos cenas desse tipo. Futebol não é para isso. É para trazer emoção, alegria, para fazer amizades. É ainda para trazer a função social e econômica do estado. O futebol também é um negócio e nada tem a ver a com a violência”, destacou o secretário-geral da seccional, Henrique Gaede. Ele pontuou que é preciso compreender o que move as pessoas que cometem atos de violência nos estádios ou supostamente em função do esporte. “Precisamos entender o que move essa minoria a fazer determinadas coisas, a sair de casa para cometer atos de vandalismo, que nada têm a ver com o futebol. Precisamos dar um passo atrás e tentar entender o que o está acontecendo com a sociedade. Temos condições de fazer uma análise para chegarmos a soluções mais assertivas”, afirmou o advogado.

“Que possamos enfrentar esse tema e quiçá, como resultado, firmar compromissos em busca de soluções para lidarmos com a questão da violência nos esportes”, disse o presidente da Comissão de Direito Desportivo.

Presenças

A audiência pública contou também com a participação de representantes da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Secretaria de Segurança Pública do Estaco do Paraná (SESP), da Câmara de Vereadores de Curitiba, da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), da Federação Paranaense de Futebol, da Federação Paranaense de Futsal, do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJDSP), do Club Athletico Paranaens, do Coritiba Foot Ball Clube, do Paraná Clube, da torcida Império Alviverde, da Torcida Os Fanáticos, da Gralhas da Vila, da Atleticaníssimas, da Gurias do Couto, da Furacão LGBT e da Coxa LGBT.