O presidente da OAB Paraná, José Augusto Araújo de Noronha, segue buscando junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o empréstimo de urnas eletrônicas para serem utilizadas na eleição OAB Paraná, no dia 22 de novembro. Uma solicitação anterior da OAB que foi indeferida devido a um provimento do TSE que impede a utilização das urnas até 30 dias após o pleito. No novo requerimento o pedido foi pela cessão de urnas de contingenciamento, isto é, as que ficaram na reserva e não foram usadas, estando portanto, descartadas em eventual perícia pós-eleitoral.
“Vamos esperar que o TRE-PR, por meio de seu presidente, desembargador Luiz Taro Oyama, tenha boa vontade em relação ao nosso pedido e atenda nosso pleito. Fomos muito bem recebidos e aguardamos a resposta. Se formos atendidos, facilitaremos muito nosso processo eleitoral, posto que o sistema de urnas adotado no Brasil é admirado no mundo todo pela confiabilidade e pela celeridade que confere à apuração”, afirma Noronha.
Auditoria
No dia 19 de outubro, a OAB Paraná acompanhou os trabalhos da comissão técnica responsável por auditar as urnas que apresentaram falhas técnicas no primeiro turno das eleições nacionais, ocorrido em 7 de outubro. Além do presidente da OAB Paraná, técnicos do setor de Tecnologia de Informação estiveram presentes durante toda a auditoria. Ao fim dos trabalhos conduzidos pelo TRE-PR em oito urnas, seis do Paraná e duas de Santa Catarina, não foram constatados quaisquer sinais de fraude. As falhas envolveram menos de 0,03% das 26 mil urnas utilizadas no Paraná.
De acordo com o corregedor do tribunal, desembargador Gilberto Ferreira, foram feitas a conferência externa e interna dos equipamentos, a verificação de lacres, códigos, “hashes” (programa de software), assinaturas, certificados digitais, boletins de urna. A equipe de auditores ainda se reuniu, após o término dos trabalhos, para a elaboração de um relatório final, respondendo aos questionamentos apresentados pelo Partido Social Liberal (PSL). O presidente do TRE-PR também confirmou que, pela análise dos boletins de urna, o voto dos eleitores foi registrado e computado.
A comissão técnica que participou da auditoria foi composta por três técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), três técnicos do TRE-PR, 1 da Polícia Federal e 1 de cada partido com candidato presidenciável. Além da equipe da OAB Paraná, acompanharam os trabalhos representantes do Ministério Público Federal, da Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica, da Comissão de Segurança Permanente, da Superintendência da Polícia Federal no Paraná, da Associação das Emissoras de Rádio e Difusão do Paraná (AERP), de redes de televisão do Paraná e da Associação Paranaense de Imprensa (API).